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Ambição: Sim ou não?

  • Foto do escritor: Prof. Paulo Buhrer
    Prof. Paulo Buhrer
  • 7 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

O tema que será abordado deve ser tratado com extrema cautela. Há uma enorme confusão quando se fala em ambição. Normalmente, vem à mente a idéia de alguém sem escrúpulos, que fará o que for preciso, nem sempre licito, para conseguir o que busca. Nada mais ultrapassado que essa concepção!

Um dos conceitos mais difundidos é que a ambição é o desejo por riquezas, mas, infelizmente, as pessoas o compreendem de forma errônea, confundindo a ambição com a ganância. O que há de mal nesse desejo? Será que as pessoas não têm o direito de aspirar a riquezas? Personagens bíblicos foram riquíssimos e, nem por isso, segundo a Bíblia, foram para o inferno, não é?

Não há nada de errado no ser humano que deseja vitórias, conquistas, riquezas. A diferença entre o certo e o errado está na forma como esse indivíduo alcançará esses anseios. Se for de forma honesta, íntegra, sem “pisar” em ninguém, agindo de acordo com os princípios que norteiam, ou deveriam nortear, uma sociedade, não há o que temer; pode ficar rico!

As crenças, não apenas religiosas, interpretadas de forma equivocada, conduzem ao surgimento de pessoas sem ambição, sem maiores aspirações, pelo fato de que lhes foi doutrinado a iniqüidade da riqueza. Essas crenças, alimentadas cotidianamente, ajudam a explicar o retrato da pobreza na qual as pessoas vivem, sobrecarregando o poder Divino de responsabilidade por tal situação. Atitudes governamentais, como o exasperado assistencialismo, acabam tirando do indivíduo a possibilidade do autosustento, da busca por novos horizontes, dificultando sua evolução e mantendo seus pensamentos na mediocridade.

A palavra ambição deve ser entendida como a vontade de possuir riqueza, de forma honesta, para propiciar conforto, saúde, segurança, amor ao maior número de outros indivíduos que não possuem, por qualquer motivo, a mesma condição. E quando falamos em riqueza, não nos referimos, necessariamente, a grandes fortunas ou valores de grande expressividade. Estamos falando da possibilidade de dar à família, aos indivíduos, a condição de uma vida digna, sem privações de direitos básicos.

Jamais devemos dizer a uma criança que ter riqueza é ruim, que é pecado possuir dinheiro, ou estaremos colaborando para manter uma população de pessoas medíocres e, muitas vezes, desmotivadas à vida, já que, segundo os ensinamentos recebidos, não poderão ter privilégios e não são merecedoras de conquistas e se, por ventura, conseguirem riqueza, não serão bem vistas perante a sociedade. Urgentemente, precisamos desmistificar a ambição. Ela é saudável, sempre que estiver em equilíbrio com a ética, a integridade, a honestidade e, principalmente, com o “fazer o bem, sem olhar a quem”.

Para encerrar a confusão criada acerca do tema ambição, vale esclarecer que o que não é adequado e, terminantemente repudiado, é a ganância, que nada tem a ver com ambição.

Felicidades e boas ambições!

Professor Paulo Sérgio

 
 
 

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